sábado, 19 de fevereiro de 2011

O SILÊNCIO DE DEUS NA VIDA DE UM PROFETA


Texto base: Mateus 11.2-6

INTRODUÇÃO
  
Prefácio da vida de João Batista
A vida do profeta que viria preparar o caminho foi predita no livro de Isaías, cap. 40.3, e pelo profeta Malaquias, em seu Livro, cap. 3, v. 1. A vinda desse profeta tinha como finalidade preparar o povo para a recepção do rei de Israel. Toda vez que um rei iria visitar uma de suas províncias era, primeiro, enviado alguém para anunciar a visita do rei e preparar o povo para a sua chegada. É nesse contexto que João Batista é escolhido e comissionado. Se fossemos resumir a vida dele poderíamos dizer: “João Batista, um milagre”, pois todo o curso de sua vida foi marcada por milagres de Deus.
1-ANÚNCIO e NASCIMENTO - Primeiro, a começar pelo nascimento, sua mãe estéril, Isabel, e seu pai avançado em idade. Impossível aos homens esperar um filho nessas condições.
2-NOTICIÁRIO DA SUA VINDA - O seu nascimento foi motivo de grande noticiário, pois toda a vizinhança e região tiveram notícias de que Deus teve misericórdia de Isabel.
3-BATISMO - Depois da gravidez de Isabel, quando esta recebeu a vista de sua prima, Maria, a mãe do Salvador, João foi batizado no Espírito Santo; recebeu o Batismo do próprio Jesus, pois a fonte da unção reside nEle; até posso imaginar ele, ainda em formação, sendo balançado pelo vendo do Espírito Santo.
4-SEM OUVIR A VOZ DO PAI - João Batista passou a sua gestação sem ouvir a voz do pai, pois Zacarias, um sacerdote já velho, idade avançada, questionou o anjo como seria esse milagre e por essa razão ficou mudo, só voltando a falar após a circuncisão, no oitavo dia do nascimento do menino.
5-PROFETIZADO PELO PAI - O seu ministério, inclusive, foi profetizado pelo próprio pai, pois Zacarias, pelo Espírito Santo, disse: “Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-lhe os caminhos, para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados.”, uma citação de Ml 3.1.
6-ASCENSÃO E FIM - João cresceu e se fortaleceu e viveu no deserto até a hora de se manifestar a Israel. Sua vida foi dedicada e consagrada a Deus; exerceu um ministério explosivo no contexto espiritual em que Judá estava morto e precisava de uma palavra de um profeta de Deus.
O seu fim foi trágico e indagativo. Extraído da vida e biografia de João Batista, hoje IREMOS falar sobre:
  
TÍTULO: O SILÊNCIO DE DEUS NA VIDA DE UM PROFETA

A vida cristã é uma trajetória e uma caminhada, mas existem algumas circunstâncias que prende nos prende; é o lugar que leva o homem e a mulher de Deus a fazer as indagações; esse lugar eu o chamo de:

1- O LUGAR DO SILÊNCIA
João denunciou o pecado de Herodes Antipas, um dos filhos de Herodes o Grande; esse homem vivia um adultério com Herodias, esposa de Filipe, irmão de Herodes; o pecado era de adultério e incesto; sempre me perguntei porque João Batista denunciou Herodes a Luz da Lei Mosaica; Herodes é descendente dos Edomistas, descendência de ESAU.
O motivo da prisão de João Batista – fazendo a obra de Deus;
O lugar que João vivenciou os questionamentos acerca do messias e o seu ministério é a sela, cadeia, onde se encontrava encarcerado. Todo que chegar a um lugar que irá se sentir encarcerado, pois não tem para onde ir; impossibilitado de fazer qualquer coisa ou tomar uma iniciativa, então, o que fazer?, INDAGAR, QUESTIONAR.!

As perguntas existenciais existem em todo o ser humano; são as incertezas do futuro; a falta de expectativa de um dia melhor; as decisões erradas que trouxeram conseqüências; as adversidades aparentemente insuperáveis e infindáveis. Tudo isso rodas as pessoas. As perguntas existenciais são aquelas que tentam saber sobre o motivo da vida, os porquês da vida e/ou explicação de determinados comportamentos humanos.

APLICAÇÃO: Você e eu passamos em algum lugar que nos levar ao questionamento. As perguntas, aparentemente sem resposta, nos leva a refletir em nossa vida. Deus não nos deixará acautelado pelo resto da vida sem resposta.

Um dos fatores que leva um cristão aos porquês existenciais são os trabalhos e feitos já realizados e não reconhecidos. João Batista viveu o drama de:
2- QUANDO NOS SENTIMOS ABANDONADOS
- O ABANDONO
João Batista, na ocasião, por causa do seu ofício de profeta, denunciou o pecado do tetrarca Herodes, o qual tomou Herodias por mulher, que era esposa do seu irmão Felipe, estava preso. No cárcere, isolado, sem o que falar, apenas pensava; refletia em tudo o que ocorreu em sua vida e começou a perguntar e uma dessas perguntas é: “onde está Deus”?
Para onde foi a multidão que ia ouvir o Profeta; e os dois discípulos, SIMÃO PEDRO e ANDRÉ deixaram o Profeta logo no início do ministério de Jesus. Porque esses companheiros não foram até João; e a multidão, onde estava?

- AUSÊNCIA DO RECONHECIMENTO DAS OBRAS
Uma das situações mais intrigantes é que tudo o que fazemos aguardamos o reconhecimento de alguém; João, no cárcere, possivelmente era visitado apenas por seus discípulos. E O MESSIAS DE QUEM TANTO FALOU, ONDE ELE ANDA?. Cadê a multidão, aqueles que foram beneficiados pelas palavras do profeta?
O silencio da Multidão, dos amigos, do próprio Messias (Deus) levam aos questionamentos existenciais. O que fiz?

APLICAÇÃO: O abandono poderá ser transitório ou permanente, mas no reino de Deus é diferente, tudo que é feito está registrado nos memoriais de Deus e ele recompensa ao homem pelas suas boas obras.

A quem perguntar acerca das incertezas existenciais? Saber a quem recorrer é de suma importância. Vamos seguir o exemplo de João e enviar as perguntas ao Messias.

3) O SILÊNCIO DE DEUS É QUEBRADO PELAS PALAVRAS DE JESUS
O silêncio de Deus não dura para sempre; não foi assim com João Batista, embora ele pensasse que estivesse abandonado, Jesus fez questão de honrá-lo na presença de muitos lhe contando o seu histórico de vida e sua obra realizada no reino. Jesus mandas as palavras certas e as experiências para conter um coração aflito cheio de indagações até então sendo respondido pelo silencio de Deus.
E interessante observar, como disse Walderez, que “há dois tipos de perguntas”. Uma que precisa ser respondida (TEORIA) e outra precisa ser vivida (EXPERIMENTAL). Há perguntas práticas e perguntas existenciais. Perguntas práticas se contextualizam no horizonte da objetividade. Perguntas existenciais não provocam respostas imediatas. Viver é uma forma de respondê-las. É maravilhoso conviver com elas.”
Contar um testemunho pessoal.
Anunciai o que estais ouvindo:

a) OUVIR
Aqui vem a resposta que precisa ser ouvida.
A importância de ouvir.
Jesus na ocasião estava ensinando sobre o reino e suas leis; muitos querem apenas os benefícios do reino mas não querem obedecer as leis desse Reino.

Anunciai o que estai vendo:
b) VER
Aqui vem a resposta vivida
Enxergar o cumprimento do que foi dito; ver as respostas é passar pela experiência; onde obterá o entendimento somente quando ter aquela experiência.
As respostas existenciais à vida do homem não reside de per si no homem, mas vem do seu criador, por meio de seu relacionamento com a humanidade e pelas palavras já dita a respeito

CONCLUSÃO
Todos têm um propósito de Deus; mas todos indagam sobre eles; o momento da indagação aparece; e lá será crucial; o que fazes com as perguntas. Para chegar as respostas corretas é importante mandar perguntas ao Messias e fará ouvir e ver. Ele é o Senhor e que tem tudo no controle de suas mãos. Confie nele.

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